Em agosto do ano passado participei do Festival Internacional de Quadrinhos em Belo Horizonte. Foi uma viagem de algumas semanas, passei um tempo na casa da minha mãe, em Duque de Caxias/RJ e depois peguei estrada com meu irmão para Beagá. Como pular em Minas Gerais têm sido um evento raro nos últimos anos, aproveitei para encher minha agenda por lá: gravei um episódio da minissérie Sombras da Alma durante duas noites, participei de um Duelo de HQs no meio da programação do FIQ e me inscrevi para a Rodada de Negócios promovida pelo Sebrae/MG.
Na rodada de negócios, dentre as muitas editoras que tive a oportunidade de me reunir, pude trocar uma ideia com o Raphael Fernandes da Draco que me deu ótimas dicas sobre formas interessantes de aproveitar as ideias que levei e enriquecer minhas ilustrações com o que há de melhor no meu trabalho. Foi uma conversa breve e interesse que se prolongou por toda a semana do FIQ, dada a coincidência de que eu e o Raphael fomos sorteados como vizinhos nas mesas de exposição ao lado de grandes nomes como a Milena Azevedo (que escreveu Pepengusa) e o Mario Cau (que Ilustrou o belíssimo Anne de Green Gables). Foi meu primeiro FIQ e logo percebi a energia do lugar: uma ambiente muito positivo, todo mundo legitimamente feliz com os encontros e mil parcerias novas surgindo a cada corredor (e boteco… sim, a maioria das reuniões de trabalho se prolongavam aos botecos).
Uma dessas parcerias herdeiras do FIQ foi minha breve participação na nova coletânea da Editora Draco. Um mês depois que voltei a Natal, recebi o convite do Raphael: ele estava concluindo uma turma do curso de roteiro para quadrinhos da Escola de Dragões e os participantes estavam montando esta coletânea com dez histórias sobre morte e maneiras de morrer. Diferente da clássica e divertida animação Dumb Ways to Die, este livro conta com histórias onde as maneiras de morrer não são burras, mas completamente inesperadas e cabulosas.
Tive a honra e o prazer de ilustrar o conto Eu pedi numa oração escrito pela Carolina Rubira, a história final de Cândido, um rapaz do interior que quer muito se casar. Superticioso e religioso, a estratégia do jovem envolve comprar um monte de fatias de bolo de Santo Antônio pois diz a crendice que quem encontra uma medalhinha de Santo Antônio no bolo, terá sorte grande no amor. Acontece que o rapaz tem sorte até demais e nas histórias deste livro, meus caros, a sorte e a Morte não perdoam.
Seguem algumas páginas com amostras da ilustração:
Dez maneiras de morrer está entre os lançamentos mais recentes da editora e você pode adquiri-la na loja virtual da Draco. Clique aqui para acessar.